sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Conteúdo Profissional com Certificado - Parte I



Todo o conteúdo referente a este primeiro texto é de exclusiva interpretação e fundamentação minha, não havendo necessidade de fontes e ou indicação técnica. Alguns dos próximos textos possuirão as indicações de fontes necessárias, é o exemplo do 4º texto, que é evidente pela sua própria natureza, pois trata-se de uma perspectiva mormente jurídica.

Primeiramente quero deixar claro que esta é a primeira parte de 5 textos, no qual irão elucidar pontos diversos deste mesmo tema. Serão desenvolvidos da seguinte forma:

1º Propósito: fundamentos que norteiam este conceito;
2º Áreas críticas da sociedade em estrito sensu;
3º Conceito geral, lato sensu aplicado;
4º Ponto de vista legal atual e possíveis implicações;
5º Aplicabilidade funcional do Certificado;


Propósito: fundamentos que norteiam este conceito

    A responsabilidade técnica do conteúdo deve servir de norte para as pessoas. Obviamente não trata-se de punir aqueles que expressam suas interpretações e suas experiências, mas sim dos dispositivos que disponibilizam as ferramentas de comunicação, em que devem classificar categoricamente o conteúdo, para termos ciência se ele é amador, empírico, técnico teórico ou de ofício.

    Conversando com os meus botões e atentando para questões editoriais, veio-me um pensamento daqueles no qual uma lâmpada surge acima da cabeça, sim eu tive uma ideia, mas como sempre nada muito original. Vamos "esmerilhar":

    Estamos por aí neste cósmico universo digital, navegando por nuvens estranhas e recheadas das informações mais reconfortantes até as mais obscuras. Bom, diante destas capciosas situações, como podemos dirimir neste macro universo chamado internet quais informações são legítimas? “Certifique-se Já!”.

    Creio que tive uma ideia um tanto suspicaz para alguns, haja vista que ela constrói uma limitação (agora virão os burocratas me aplaudir) dentro da liberdade de expressão (este é momento em que serei condenado antes ser avaliado). Não é exatamente uma censura, - é sim - mas uma forma de gerar confiança, segurança e credibilidade sem macular os profissionais de determinada seara.

    Digamos que em nossas divagações tenhamos contato com um conteúdo de domínio científico, ou seja, matéria de estudo laboriosamente desenvolvida. E com o nosso altruísmo, resolvemos informar as pessoas sobre o conteúdo deste compêndio explicando para elas do que se trata e como funciona. A priori trata-se de uma ação substancialmente benevolente, mas em verdade podemos colocar em erro irreversível quem por confiança crê no que publicamos.

    Temos agora uma situação de extrema complexidade, afinal não tínhamos o domínio real sobre este conteúdo e nem tampouco orientação sobre o mesmo, porém não hesitamos em divulgar o nosso equivocado discernimento. Algumas pessoas não tiveram sequer a oportunidade da aporia, apenas um ledo engano no que tange a veracidade destas informações, mas agora é tarde.

    Este exemplo pode ser aplicado aos mais diversos campos de estudos, seja na engenharia, medicina ou direito enfim a catástrofe pode angariar níveis maiores, ensejando infortúnios de toda sorte. Um estimado colega me disse certa vez que "quem tem o microfone tem razão", essa é uma expressão que revela a ingenuidade de muitas pessoas, que seguem informações errôneas colocando-se em situações deletérias para si, sua família e seu patrimônio. Afinal porque o jornalista afirmaria algo que não é?

    Neste ínterim, não podemos olvidar o momento político em que passamos, onde a rede de internet tem se tornado um porto de miríades de informações falsas, vilipendiando políticos, juristas, empresários, artistas entre outros entes públicos e notórios. E é neste sentido de que quando a liberdade de expressão trata de assuntos técnicos, é que precisamos ter muita cautela.

    Com uma certificação profissional, no qual habilita um profissional sapiente, “perito”, com domínio da matéria que ele laborará, navegar na internet será mais profícuo (será mais suave). A qualidade do certificado seria um misto entre os profissionais da área e os seus leitores, estes últimos seriam apenas para avaliar se a informação ficou clara ou não (a credibilidade fica a cargo dos profissionais da mesma área é claro).

   O acesso as informações é praticamente livre, atingindo crianças, adolescentes e pessoas com baixo desenvolvimento intelectual, é de suma importância saber se quem recebe esta informação está preparado. A responsabilidade familiar muitas vezes é mal aplicada e outrora, nem mesmo é fiscalizada.

    Qual o controle que vamos precisar para acessar determinadas informações? Não sabemos, mas a verdade é que jovens tem acesso a conteúdos dos mais diversos, as pessoas se automedicam com dicas de blogueiros, mexem em estrutura elétrica com vídeos tutoriais na internet e a princípio parece inofensivo e até mesmo muito bom, mas o problema é que muitas dessas informações além de equivocadas são emanadas por pessoas que não dominam o conhecimento técnico sobre a referida informação.

    E agora, o que fazemos? Criamos um certificado de identificação para publicar informações que incidem no dia a dia do cidadão? Vamos em frente!

5 comentários: